quinta-feira, 4 de março de 2010

Moradores Fecham Rua em Protesto

População quer que uma escola seja concluída e também outros serviços da prefeitura, que se comprometeu a atender os pedidos
.
Moradores do Pequeno Coração, bairro da periferia de Itaquá, indignados com a falta de investimentos promoveram ontem uma manifestação para chamar a atenção sobre alguns problemas. Por volta das 12h30, cerca de 30 pessoas fecharam com pneus, sacos de lixo e tranqueiras (até sofás velhos) a rua Líbero Badaró, uma das únicas pavimentadas do bairro. Pelo menos cinco litros de álcool e gasolina foram despejados na barreira, que queimou por mais de 40 minutos. Enquanto a fumaça negra atingia mais de 20 de altura, pelo menos 200 moradores se aproximaram para reclamar das condições do local e cobrar a conclusão de uma escola municipal, cujas obras estão abandonadas desde o final de 2008.
.
O acesso ficou fechado por mais de uma hora. Quatro viaturas da Polícia Militar chegaram pouco depois das 13 horas. Os bombeiros limparam a via por volta das 13h30, quando o volume das chamas já tinha diminuído. Não houve atritos entre a população e a PM, que tentou alertar as lideranças sobre os riscos e prejuízos causados pela interdição da estrada. Quando o acesso ainda estava sendo fechado, dois motoristas aceleraram seus veículos para romper a barreira de pneus e lixo. Uma Kombi com logotipo dos Correios foi atingida por uma pedra arremessada por um morador que não se conformou com a atitude do motorista.
.
O condutor do carro nem parou para avaliar os estragos causados pela pedra. Durante todo o tempo em que a estrada ficou fechada, vários moradores procuraram a reportagem do DAT para pedir ajuda e criticar o governo municipal. O presidente da Associação Amigos de Bairro do Pequeno Coração e Adjacências, João Batista de Oliveira, resumiu o sentimento da população do bairro: "Ontem (terça-feira), já houve um protesto. Não estamos fazendo baderna, mas o fato é que todos os limites já foram ultrapassados pelo prefeito. Caminhões de entrega, ambulância e os carros dos moradores não circulam mais por causa das péssimas condições das ruas. A escola municipal está com as obras paradas faz quase dois anos", argumentou.
.
Prefeitura
A administração municipal está ciente da situação. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, a partir de abril, estão previstos serviços de infraestrutura no local, tais como: nivelamento, cascalhamento e limpezas em geral.
.
A pasta também informou que ainda para este ano estão previstas a implantação de guias e sarjetas para posterior pavimentação. Em relação à obra abandonada da escola municipal, a Secretaria de Educação comunicou que uma nova concorrência pública será aberta para a contratação de uma empresa que concluirá o serviço abandonado pela empreiteira Chaia. A assessoria, entretanto, ainda não sabe em quanto tempo a licitação será finalizada.
.
*****Fonte: Diário do Alto Tietê

quarta-feira, 3 de março de 2010

Itaquá poderá emitir licença ambiental


Secretária Selma Ferreira assinará documento no próximo dia 17

No próximo dia 17, a secretária do Meio Ambiente de Itaquaquecetuba, Selma Costa Ferreira assinará convênio com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) que irá autorizar o município a assumir o licenciamento ambiental de empreendimentos de baixo impacto local, como a abertura de pet shops, padarias, entre outros. Itaquá é a primeira cidade da região a participar do Programa de Descentralização da Gestão Ambiental e tornar-se habilitada para expedir de maneira independente a Licença de Operação. De acordo com a secretária, 40 profissionais de diversas áreas da administração municipal participaram de um curso de capacitação fornecido pela Cetesb. Esta etapa, além de diversos documentos, é obrigatória para que a cidade consiga participar do convênio.

"Temos profissionais da Defesa Civil, da Guarda Municipal, da própria Secretaria de Meio Ambiente e de outras áreas que serão capazes de conversar com os novos empresários e autorizarem estes novos empreendimentos de acordo com as delimitações e redução do impacto ambiental na cidade", explicou. Além dos estabelecimentos comerciais, o município pode licenciar sozinho a construção e ampliações de pontes, viadutos, passarelas, recuperação de aterros e contenção de encostas em vias municipais, helipontos, corredores de ônibus e terminal rodoviário, entre outros.

Com o projeto que tem como objetivo facilitar a implantação de novos empreendimentos, o prefeito da cidade, Armando Tavares Filho (PR), o Armando da Farmácia, está concorrendo ao prêmio Prefeito Empreendedor, promovido pela Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário (Sebrae).


(J.S.)


*Fonte: Diário do Alto Tietê

Serra começa a montar equipe e estrutura da campanha

Por Natuza Nery


BRASÍLIA (Reuters) - Não há candidato, mas já começa a ser construído o embrião da campanha. Aos poucos, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), vai escolhendo a dedo seus principais colaboradores. São amigos pessoais e auxiliares de longa data.
Os movimentos reforçam a impressão de que não haverá recuo. A decisão, porém, só deve ser tomada --e anunciada-- no último minuto.


Segundo duas fontes do Executivo paulista, o pré-candidato já pediu ao seu secretariado e assessores diretos um levantamento de todas as suas realizações à frente do Estado. Os dados estão sendo tabulados para uso eleitoral e prestação de contas de sua gestão.


Pelo menos três de seus interlocutores já estariam de malas prontas para ajudar na campanha. São eles: José Henrique Reis Lobo (secretário estadual de Relações Institucionais), Felipe Soutello (presidente do Centro de Estudos e Pesquisas da Administração Municipal) e o vereador Floriano Pesaro, que deve ajudar a construir o programa de governo na área social.

Serra desembarca em Brasília na manhã de quarta-feira. Na capital, participa de uma homenagem a Tancredo Neves ao lado do governador Aécio Neves, a quem corteja para seu vice. Na quinta-feira, participa de outra cerimônia com o mesmo objetivo e personagem, desta vez em solo mineiro. Minas é fundamental, com efe maiúsculo, para vencer as eleições deste ano.
A trajetória de Serra nas pesquisas de opinião e sua recusa em anunciar seu nome contra a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), aumentou a ansiedade na oposição a ponto de, muitos, duvidarem da sua disposição em disputar o Planalto. Contra esse prognóstico, o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PT), deu sua garantia.


"Aposto que ao término desta semana, todo mundo vai estar convencido de que ele é o candidato", afirmou, enigmático, o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE).
Ninguém prevê uma antecipação do anúncio, mas um gesto claro de que está no páreo.
Há outros nomes nesta escalação inicial do time. A posição dos jogadores, porém, ainda não está completamente definida. Entre eles: José Roberto Afonso, que trabalhou no PSDB e no BNDES, e Gustavo Maia Gomes, economista. Segundo uma fonte do partido, deve cuidar das questões regionais da campanha.


Andrea Matarazzo, ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, no governo Fernando Henrique Cardoso, e amigo pessoal do governador tem papel ainda incerto.
Outro que deve fazer parte da equipe é o deputado Jutahy Magalhães Júnior (PSDB-BA). Amigo de Serra e um de seus conselheiros políticos, sua atuação pode ser direta ou indireta.


(Edição de Alexandre Caverni)

*Fonte: Portal Yahoo

Artigo: "Os fuzis da senhora Clinton"

Por Breno Altman
.
O giro sul-americano da secretária de Estado norte-americana é um daqueles fatos ordinários que deve ser lido para além de sua aparente normalidade. Salvo se algo escapar do roteiro original, manterá um discurso público amigável e tratará de problemas delicados com punhos de renda. Mas nenhum observador atento deve cair na esparrela de que a senhora Clinton veio a passeio.
.
Afinal, a ex-senadora por Nova Iorque joga um papel estratégico no núcleo duro da Casa Branca. Essa relevância vai além do peso relativo da pasta que dirige: na fórmula de governabilidade sobre a qual se apóia Barak Obama, o Departamento de Estado foi cedido à fração democrata mais afeita ao establishment norte-americano e seus poderosos interesses.Hillary Clinton talvez seja a principal avalista da elite branca e imperial ao governo Obama. Sob sua batuta se agrupam, no terreno das relações internacionais, os movimentos do lobby sionista, da comunidade cubano-americana, dos consórcios que formam o complexo bélico-industrial. Sua autoridade, muitas vezes, eleva-se a de um contraponto ao próprio presidente.Após discurso no Cairo, em junho de 2009, quando Obama anunciou uma nova era nas relações de seu país com o mundo islâmico, Hillary logo deixou claro que aquelas palavras bonitas eram letra morta. Publicamente assumiu compromissos e adotou medidas que reafirmavam o alinhamento de Washington com a política expansionista de Israel.
.
Os acenos de seu chefe a negociações razoáveis com o Irã, ao redor da questão nuclear, foram substituídos por escalada verbal e punitiva conduzida pela secretária de Estado. Suas atitudes soterraram esperanças de que poderia nascer uma nova política para a região. O centro de gravidade da estratégia norte-americana continuaria a ser o exercício da pressão político-militar para forçar rendição incondicional à coalizão vertebrada por Estados Unidos e Israel.Também a América Latina foi cenário desse dueto desafinado entre o presidente e sua assessora. Quem se lembra do Obama generoso que prometia, na 5ª Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, um relacionamento diferente com seus vizinhos ao sul? As promessas de diálogo e parceria foram desfeitas pelos acordos bilaterais para a instalação de bases militares na Colômbia, a manutenção do bloqueio econômico contra Cuba e o apoio mal dissimulado ao golpe de Estado em Honduras.Desde então, a influência de Hillary, e dos interesses que representa, só fez crescer. O presidente Obama, atolado na crise econômica e no fracasso da reforma sanitária, perdeu qualquer ímpeto renovador na política internacional. Refém da maioria conservadora de seu próprio partido, na prática delegou à ex-primeira dama o comando da política externa de seu governo.Pois é nessa condição, de delegada plenipotenciária, que Hillary organizou seu primeiro périplo sul-americano.
.
Vem com algum cuidado, para sentir o pulso da região e diagnosticar possibilidades. Não traz na bolsa projetos acabados, ainda que seu marido tenha sido o principal mentor da falecida Alca. Mas tem um firme propósito: desbravar novos caminhos de hegemonia em uma região na qual os Estados Unidos perderam muito espaço nos últimos dez anos.O período republicano foi ironicamente positivo para as forças progressistas latino-americanas. A política imperialista comandada por George W. Bush, cujo momento simbólico foi o apoio ao golpe cívico-militar na Venezuela em 2002, teve efeito tóxico sobre o compadrio das elites locais com a grande potência ao norte. Acabou por incentivar uma nova onda nacionalista no continente, um dos afluentes que levaram a importantes vitórias eleitorais dos partidos de esquerda.
.
A existência de governos progressistas, contudo, não é o único ingrediente constrangedor para a Casa Branca. O avanço na integração regional, por exemplo, culminada com a proposta de criação de uma comunidade latino-americana sem a participação dos Estados Unidos, não faz a felicidade da turma de Washington. Muito menos a emergência de nações, a exemplo do Brasil, que desafia interesses norte-americanos em outras regiões do planeta, como se passa com a questão iraniana.A senhora Clinton, nessas circunstâncias, está assumindo a tarefa de tentar mudar uma realidade que lhes é desfavorável, de organizar uma contra-ofensiva que possa dividir e derrotar o bloco progressista.
.
Como fazer isso, no entanto, são outros quinhentos. Os Estados Unidos são ainda um país muito poderoso, sob qualquer ponto de vista, mas enfermo.Aparentemente o alforje da secretária de Estado traz bondades e maldades. Seus gestos associam propostas bilaterais de assistência econômico-social com ameaças desiguais e combinadas contra governos que auspiciam escapar à área de hegemonia norte-americana. Os objetivos aparentes: fortalecer os países aliados (especialmente Peru, Colômbia e Chile), neutralizar as nações mais frágeis, isolar o arco bolivariano comandado pela Venezuela e obrigar o Brasil a negociações em separado e pautadas principalmente pelos interesses de seus grupos empresariais.Não se trata, parece evidente, apenas de uma estratégia comercial e financeira.
.
Os Estados Unidos estão relançando sua capacidade de ação militar e de inteligência no continente. O Departamento de Estado também trata de reativar seus laços com grupos políticos e econômicos nacionais, bastante enfraquecidos na era Bush, em um esforço para construir alianças que possam se contrapor ao avanço das correntes de esquerda e nacionalistas.A verdade é que o giro progressista no continente, depois da derrota dos golpistas venezuelanos em 2002, pode se desenvolver em um cenário de recuo da presença norte-americana. A viagem da senhora Clinton, no entanto, eventualmente signifique uma aposta na reversão desse quadro. Se assim for, os governos populares terão que se mover em um terreno de crescentes conflitos e tensões, no qual a aceleração e a radicalização da unidade regional serão indispensáveis para a continuidade do curso aberto com a eleição dos presidentes Hugo Chávez e Lula.
.
*****Breno Altman é jornalista e diretor do sítio Opera Mundi (
http://www.operamundi.com.br/)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Datafolha: Dilma dispara e encosta em Serra;diferença é de apenas 4 pontos

Pesquisa Datafolha publicada na edição deste domingo (28) do jornal Folha de S.Paulo, mostra que a pré-candidata do PT à Presidência, ministra Dilma Rousseff, cresceu cinco pontos nas pesquisas de intenção de voto de dezembro para janeiro, atingindo 28%. No mesmo período, a taxa de intenção de voto no governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recuou de 37% para 32%. Com isso, a diferença entre os dois pré-candidatos recuou de 14 pontos para 4 pontos de dezembro para cá.
De acordo com a nova sondagem do Datafolha, o deputado federal Ciro Gomes, pré-candidato do PSB, tem 12% das intenções de voto; e a pré-candidata do PV, senadora Marina Silva, tem 8%. Na pesquisa anterior, Ciro aparecia com 13% e Marina já possuía 8%.

A margem de erro da pesquisa, que foi divulgada neste sábado (27), é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Ela foi realizada entre os dias 24 e 25 de fevereiro. Foram ouvidas 2.623 pessoas com idades maiores de 16 anos. Destas, 9% disseram que vão votar branco, nulo ou em nenhum dos candidatos e 10% informaram que estão indecisos.
A sondagem confirma resultados de pesquisas de outros institutos, que já refletiam uma tendência de crescimento rápido da candidatura Dilma Rousseff e a queda do pré-candidato tucano.

Outros cenários
A pesquisa também apresentou um cenário sem a presença de Ciro Gomes. Nessa simulação, as intenções de voto em Serra ficam em 38% (ante 40% na pesquisa realizada entre 14 e 18 de dezembro); Dilma atinge 31% (ante 26% da pesquisa anterior); e Marina Silva fica com 10% (11% no levantamento de dezembro).

No cenário de um segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o tucano aparece com 45% das intenções de voto e a petista com 41%. Ou seja, também em um eventual segunda etapa do pleito, Dilma encosta no tucano, apresentando uma diferença de apenas quatro pontos novamente. O levantamento realizado em dezembro apontava que, nessa situação, Serra teria 49% das intenções de voto e Dilma, 34%. Em outro cenário de segundo turno, Dilma vence com 48%, contra 26% de Aécio.

Aprovação recorde de Lula
A pesquisa avaliou também o índice de aprovação do presidente Lula. Na mostra, a aprovação ficou em 73% (de ótimo e bom). Na pesquisa de dezembro, este índice foi de 72%, o mais alto patamar de popularidade apurado pelo Datafolha.


*Fonte: Agência Estado