domingo, 25 de julho de 2010

Faltam abrigos na região para receber moradores de rua

No Alto Tietê, mais de 200 pessoas vivem em situação de abandono; Poá é a única com albergue municipal
Adriano Vaccari
Assistência: Além de acolher os desabrigados durante a noite, albergue de Poá oferece cursos e suporte aos atendidos
Cibelli Marthos
da Redação
O atendimento prestado aos moradores de rua do Alto Tietê ainda é insuficiente. Apenas Poá conta com um albergue municipal, com espaço para receber essas pessoas durante a noite. Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes possuem convênio com entidades que desenvolvem ações sociais em benefício aos moradores de rua da região e trabalham para criar novos projetos para os municípios. No Alto Tietê, cerca de 200 pessoas vivem em situação de rua.

Criado para receber 25 moradores, o Albergue Municipal de Poá está com sua capacidade de atendimento esgotada. No local, os usuários recebem alimentação, banho e local para dormir. "Nós damos suporte também para que eles tirem os documentos novamente e, para aqueles que querem, ajudamos para que retornem ao convívio da família", destaca a assistente social Aparecida Regina Zarbietti.

Segundo ela, este ano os "albergados" solicitaram uma atividade que pudesse render uma capacitação profissional. Hoje, 12 moradores de rua participam de um curso de jardinagem e hortifruticultura oferecido para a população. "Essa é uma forma desses homens conseguirem uma ocupação após os seis meses que eles podem ficar aqui", acrescenta. Segundo ela, para viver no albergue, os atendidos devem seguir regras de conduta como não usar droga e respeitar os horários estabelecidos.

Em Ferraz, foram identificadas 50 pessoas em situação de rua que não encontram local para passar a noite, mas podem ao menos tomar banho e almoçar. Na entidade Betel, que recebe subvenção da prefeitura, 22 pessoas são atendidas diariamente. 

De acordo com a coordenadora da Secretaria de Promoção Social de Ferraz, Elizabete Bento de Souza, a prefeitura está realizando estudos para encontrar o atendimento mais adequado para essa parcela da população. "Será um trabalho que envolverá diversas secretarias para que eles não tenham apenas suporte básico e sim uma oportunidade de crescimento". Ela informou ainda que a pasta já está fazendo alguns testes, como a inclusão de moradores de rua atendidos pela entidade no grupo da Frente de Trabalho. 

Em Itaquá e Mogi o atendimento também é feito por entidades subvencionadas pelas prefeituras. Os desabrigados mogianos recebem assistências nos abrigos Casa de Maria Maranathá (35 pessoas), Comunidade Nossa Senhora Rosa Mística (35 pessoas), Abrigo Peregrinos (20 pessoas) e Abomoras (35 pessoas), sendo que apenas o último não oferece atendimento noturno.
Para os moradores de Itaquá, o atendimento é feito na Associação Comunitária de Assistências às Famílias (ACAF), local em que os moradores podem fazer suas refeições e passar a noite.

Sem informação
As prefeituras de Arujá, Guararema e Suzano não informaram quais políticas públicas são adotadas pelos municípios para atender pessoas que vivem nas ruas. Em Suzano, o assunto ainda será debatido no 1º Seminário sobre Políticas Públicas para a População em Situação de Rua. O evento será realizado no próximo dia 29, das 8 às 17 horas, no Teatro Municipal Dr. Armando de Ré.

*Fonte: Diário do Alto Tietê

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