terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Pajoan promete o paraíso, mas só quer ampliar seu aterro sanitário

Nota do Editor do Blog: Mas uma vez os interesses econômicos de um Grupo Empresarial se sobrepôem aos interesses do Povo... De que lado a CETESB e a Prefeitura vão ficar?

O histórico de interdições e multas, fartamente recheado por ações danosas ao meio ambiente, é o principal argumento dos moradores de Itaquaquecetuba que estão contra o Ecoespaço Soluções Ambientais, nome pomposo escolhido pela empreiteira Pajoan para tentar ampliar o seu depósito no Jardim Pinheirinho. O projeto prevê um aterro regional com capacidade para receber duas mil toneladas de lixo por dia num prazo de 12 anos.

Até 2022, o local, caso seja licenciado, receberá mais nove milhões de toneladas de resíduos.No entorno do empreendimento dos empresários Carlos e José Cardoso, a maioria dos moradores entrevistados protestou contra a possível ampliação do aterro, cuja vida útil termina hoje, segundo informações da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Ocorre que o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA-Rima), que será discutido em audiência púbica no dia 25, prevê um depósito de lixo "perfeito", ou seja, no documento a Pajoan promete preservar a natureza.Conhecedores da realidade do atual depósito, cujos donos não hesitaram em instalar uma estação de tratamento de chorume a poucos metros do córrego Taboãozinho, os vizinhos disseram claramente que não querem mais um lixão.

Os entrevistados denunciaram ainda uma possível disposição dos empresários em controlar a divulgação da audiência e com isso evitar questionamentos que possam prejudicar o licenciamento.O casal Carlos Augusto Pereira e Cleusa Pereira reside no Louzada, a cerca 300 metros da portaria. Eles ficaram surpresos quando a reportagem falou sobre a audiência do dia 25. "Não estamos sabendo de nenhuma reunião e queremos é que esse lixão seja fechado e não ampliado.

Temos muitos problemas por causa do cheiro. Até casos de crianças doentes", comentou Cleusa.No Jardim Lucinda, Ivo Pereira e Maria da Conceição disseram estar sabendo da audiência marcada para a sede da Secretaria de Meio Ambiente. "Eu pretendo ir, mas não dá para saber o que poderá acontecer. A maioria dos moradores não quer a continuidade do lixão", observou Ivo Pereira. Maria da Conceição também afirmou ser contra: "Esse lugar está abandonado, a Pajoan não faz nada. Não temos ônibus por causa das ruas esburacadas. A ampliação do aterro não vai trazer nada de bom para quem mora aqui".

*Fonte: Diário do Alto Tietê

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá! Fique a Vontade!